domingo, 31 de agosto de 2008

MINI WAFFLE DE PARMESÃO COM SOUR CREAM E CEBOLAS CARAMELADAS


Dando continuidade ao desafio CHÁ DA TARDE, as anfitriãs Leila e Cris pediram para esse mês receitas de canapés ou sanduíches.

Procurei criar uma receita que fosse de fácil execução mas que ao mesmo tempo surpreendesse na apresentação e no sabor.

E os mini waffles cumpriram bem a proposta, proporcionando um passeio harmônico pelos 4 sabores: Salgado (waffle), Ácido (sour cream), Doce (cebola caramelada) e Picante (pimenta-do-reino).

Voilá!


MINI WAFFLE DE PARMESÃO COM SOUR CREAM E CEBOLAS CARAMELADAS

WAFFLE:
- 1/2 xícara de leite
- 1 ovo
- 2 colh. (sopa) de manteiga
- 1/2 xícara de farinha de trigo
- 1/2 xícara de maizena
- 50g. de queijo parmesão ralado
- 1 colh. (chá) de fermento em pó
- Sal (se necessário)
Bater no liquidificador o leite, o ovo e a manteiga. Adicionar a farinha, a maizena, o queijo ralado, o fermento e o sal (se necessário) e bater mais um pouco. Assar em máquina de waffle untada e previamente aquecida. Reservar.
Rendimento: +- 3 waffles


SOUR CREAM
- 125ml de creme de leite fresco
- suco de 1/2 limão
Colocar o creme de leite em uma tigela e adicionar o suco de limão. Mexer e deixar descansar por uns 15 min. em temperatura ambiente. Bater com a batedeira até encorpar (ponto de chantilly). Cuidado para não passar do ponto senão irá virar manteiga. Reservar.


CEBOLAS CARAMELADAS
- 2 cebolas
- 1 1/2 colher (sopa) de manteiga
- 1 pitada de sal
- 3 colheres (sopa) açúcar mascavo
Corte a cebola em fatias finas e refogue na manteiga com uma pitada de sal (para realçar o sabor) até amolecer e ficar transparente. Acrescente o açúcar e mexa bem até caramelar. Retire imediatamente do fogo para não queimar. Reserve.

MONTAGEM:
Corte os waffles em quadrados de aproximadamente 2 x 2cm. Com a ajuda de uma colher coloque uma "bola" de sour cream sobre os waffles. Adicione um pouco de cebola caramelada sobre o sour cream e finalize com pimenta do reino ralada na hora.

sábado, 30 de agosto de 2008

BOLO DE POLENTA COM FIGO SECO - PINZA


Na falta de um receita de família, fui buscar em meus livros e revistas de culinária algo interessante para participar do desafio La Polenta promovido pelas meninas do "Quattro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana".

Encontrei numa Claudia Cozinha essa receita do pesquisador italiano Andrea Cavicchioli. A revista dizia que PINZA é um doce natalino tão popular na Itália quanto o Panetone e o Pandoro.

Busquei na net mais informações e descobri que PINZA é típico da região de Trevignano, no Vêneto, onde é feito à base de farinha de milho e especiarias (passas, pinholes, figos secos, semente de funcho, cascas picadas de tangerina e laranja, suco de limão e tangerina). Antigamente PINZA era cozido nas cinzas das fogueiras, embrulhado em uma espessa camada de folhas de repolho. É usualmente comido no primeiro dia do ano e cada família prepara seu PINZA com diferentes ingredientes, mas segundo a tradição, você deve comer sete diferentes pedaços se quiser ter sorte.

Fiquei bastante curiosa e resolvi testar a receita. Adorei o resultado, ficou um bolo lindo, delicado, com textura de polenta macia, úmido, leve e pouco doce. Perfeito para acompanhar um café quentinho.

Fiz algumas alterações na receita original: no lugar de abóbora cristalizada, que eu não tinha, coloquei damascos secos, aumentei um pouco a quantidade de açúcar e usei Lemoncello ao invés de Grappa.

Perfeito!



BOLO DE POLENTA COM FIGO SECO

- 1/2 xícara de damascos secos picados
- 1/2 xícara de figo seco picado
- 1/2 xícara de uva passa branca
- 1/4 xícara de lemoncello (ou grappa ou pinga)
- 5 colh. (sopa) de manteiga
- 4 xícaras de leite
- 1 pitada de sal
- 250g de farinha de milho pré-cozida para polenta
- 1 ovo
- 4 colh. (sopa) de farinha de trigo
- 1 colh. (chá) de fermento em pó
- 1 colh. (sopa) de sementes de erva-doce
- 6 colh. (sopa) de açúcar

Numa tigela pequena misture o damasco, o figo, as passas e o lemoncello. Reserve.
Derreta a manteiga em uma panela grande, adicione o leite e o sal e ferva.
Acrescente aos poucos a farinha de milho, mexendo sempre com um colher de pau até engrossar. Retire do fogo, passe para uma tigela grande e deixe amornar.
Bata ligeiramente o ovo e adicione à massa, junte as frutas secas (com o caldo do lemoncello) e mexa bem. Acrescente a farinha de trigo aos poucos, sempre mexendo. Junte a erva-doce e o açúcar e por último o fermento.
Asse em forma redonda (24 cm de diâmetro) untada em enfarinhada, em forno pré-aquecido, por aproximadamente 1h ou até dourar e ficar crocante por fora.
Para finalizar reguei o bolo ainda quente com uma caldinha feita de água morna, açúcar e um pouco de canela em pó. Decorei com as frutas secas e pistache.



Buen Provecho!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

MINESTRONE DE ABÓBORA

Essa é uma receita ideal para dias de: frio + total preguiça + total falta de tempo.

Usei o que eu tinha disponível na geladeira, mas você pode (e deve sempre!) adaptar às coisa que tiver em casa.

OK, OK... concordo que a foto não ajuda muito (aliás acho foto de sopa coisa complicadíssima) mas o resultado foi excelente e até o marido que se diz meio avesso a sopa adorou!

O caldo ficou grosso e adocicado por causa da abóbora, levemente picante por causa da harissa e levemente ácido por causa do tomate, ou seja, uma festa para todos as partes da língua!


- 1 lata de feijão branco cozido
- 1 lata de tomate pelati
- 1/2 abóbora japonesa (kabotiá)
- 1/2 maço de brócolis
- 1/4 de repolho
- 1 cebola
- 2 dentes de alho
- 1 colher chá de harissa em pasta (*)
- 3 tabletes de caldo de costela (ou carne ou legumes)
- sal e orégano a gosto
- parmesão ralado

Corte a cebola em rodelas, pique o alho e refogue no azeite até começar a dourar. Acrescente a abóbora em cubos (sem casca), refogue um pouco, adicione água suficiente para cobrir as abóboras, os tabletes de caldo, tampe e deixe cozinhar em fogo baixo até amolecer as abóboras (+- 15min).
Enquanto isso corte o repolho em tiras finas, e o brócolis da seguinte maneira: pique os caules em rodelinhas e separe os buquês.
Quando as abóboras estiverem macias, amasse-as na própria panela com um garfo, deixando alguns pedaços mais inteiros. Acrescente o brócolis, o repolho, o tomate pelati picado e o caldo da lata do tomate e os feijões em lata (escorridos e lavados). Se precisar coloque mais água, corrija o sal, acrescente orégano a gosto e a harissa (opcional) e deixe ferver tampado por uns 10 minutos para amolecer as outras verduras e tomar gosto.

Sirva com um fio de azeite e parmesão ralado.


(*) Harissa é uma pasta Tunisiana picante, feita com pimentas, alho, coentro, cominho e tomate. É encontrada em casa de importados e/ou produtos árabes.

Também pode ser feita em casa, veja aqui a receita da Elvira.



BUEN PROVECHO!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

SERICÁ


Como já disse no post anterior AMEI participar do Intercâmbio Culinário, AMEI conhecer a Marizé que é uma pessoa LINDA e AMEI as receitas que fiz.

O SERICÁ ou SERICAIA é um doce típico da cidade de Elvas, na região do Alentejo. Por lá é servido com as famosas Ameixas d'Elvas.

Essa foi outra grata surpresa da Marizé, porque eu não tinha a menor noção de como ia ficar, de como seria o sabor ou o aspecto.

Sericá é realmente delicioso! Todos em casa adoraram!!!

Lembrando que posto a receita com as palavras da Marizé (glossário abaixo)

- 5 dl de leite (500 ml)
- 65g de farinha de trigo sem fermento
- 6 ovos
- 250g de açúcar
- 1 tira de casca de limão
- 1 pau de canela
- canela em pó
- 1 pitada de sal

Batem-se as gemas com o açúcar até se obter um creme fofo.
À parte dissolve-se a farinha no leite que foi previamente fervido com a casca de limão, o pau de canela partido em pedaços e o sal. Adiciona-se o creme de gemas e mexe-se.
Leva-se a engrossar sobre lume brando. Retira-se do calor e deixa-se arrefecer.
Batem-se as claras em castelo e juntam-se cuidadosamente ao preparado anterior, que nesta altura deverá estar frio ou ligeiramente morno.
Tem-se um prato de barro, ou outro que possa ir ao forno, e deita-se aí o doce ás colheradas. Este aspecto é importante, não se limitem a apenas despejar o creme no prato.
Polvilha-se a superfície abundantemente com canela, e vai ao forno previamente aquecido ao máximo.
Retira-se quando começar a abrir fendas e a crescer à volta do prato.

Notas: A receita original diz que quando o creme vai ao lume a engrossar deverá ver-se o fundo do tacho, eu no entanto acho que a textura do doce fica mais agradável se não se deixar engrossar tanto. De qualquer das formas aqui fica a nota para quem quiser respeitar.


OBRIGADA MARIZÉ!!!


GLOSSÁRIO:

para

dl: decilitro - 1dl = 100ml; lume brando: fogo baixo; arrefecer: esfriar, clara em castelo: clara em neve, tacho: panela

MENU PORTUGUÊS - AÇORDA E BACALHAU DE ORJAIS

Adoro participar dos eventos dos blogues de culinária que sempre trazem desafios muito bacanas, e o Intercâmbio Culinário realmente foi um capítulo a parte. Poder interagir tão de perto com alguém do além-mar, trocar receitas e conhecer mais da cultura local foi incrível.

Quando resolvi participar já comecei a pensar em quem seria a minha parceira de evento, e logo me decidi pela Marizé do Tachos de Ensaio que eu não conhecia nem virtualmente, apesar de ser uma assídua frequentadora de sua cozinha, que encanta pelas receitas e pelos textos.

Mandei um e-mail para ela (que não me conhecia) torcendo para que ela aceitasse. E ela aceitou! Começamos a trocar e-mails e a conversar no msn para decidir as receitas. Eu queria uma receita diferente, que eu não conhecesse, já que sempre tive hábito de comer comida portuguesa. Chegamos em Sericá, um doce sobre o qual nunca havia nem ouvido falar. Ela já estava decidida por Sagu.

Ocorre que antes das decisões finais, havíamos mandado algumas opções de doces e salgados uma para a outra e isso desencadeou simultaneamente em ambas a mesma idéia: vamos fazer um menu completo! Dito e feito!

Sobre o Sericá falarei no próximo post, que será o do evento.

Aqui falo sobre a entrada AÇORDA DE BACALHAU e o prato principal BACALHAU DE ORJAIS.

Recebi para o jantar meu sogro e sogra, e minha cunhada e cunhado, além claro do Marido que é parte da mobília (rs)...
Comprei um vinho verde branco para acompanhar e nos deliciamos com o menu.

A receita do Bacalhau é tradicional portuguesa, da Região da Beira Baixa. Muito simples de se preparar, diferente e absolutamente deliciosa! Apesar de eu ser uma habitué de bacalhau nunca havia comido assim antes.

A Açorda estava muito saborosa, e esquentou nosso começo de noite, já que fazia um friozinho lá fora...

Brindamos à Marizé, conversamos bastante sobre ela, todos muito curiosos sobre ela e sobre o intercâmbio... enfim foi uma noite muito agradável.

Posto as receitas como as recebi da Marizé, em bom Português (de Portugal, ó pá!)


AÇORDA DE BACALHAU À ALENTEJANA




Coza a pele e as espinhas do bacalhau, (pode juntar uma posta para dar mais substancia).
Coe e reserve tapado e quente.
Numa tigela colocar 2 ou 3 dentes de alho esmagados, um ramo pequeno de coentros e um fio de azeite.
Verter a água do bacalhau a ferver e tapar.
Deixar abafado até servir, mas tem de estar quente.
Em tigelas colocar no fundo fatias de pão caseiro, deitar o caldo a ferver, e umas lascas de bacalhau.

Servir.



BACALHAU DE ORJAIS



1 Kg de batatas
4 postas do lombo de bacalhau
sumo de 2 limões (amarelos, em Portugal limão verde = lima)
1,5 dl de azeite (de oliva, virgem extra de preferência)
1 dl de vinho branco (de boa qualidade, de preferência o mesmo que acompanha a refeição)
3 ovos
àgua, sal, farinha (trigo), ovo, pão ralado (farinha de rosca) e salsa q.b (salsinha)

Preparação:

Coza as batatas com pele em água temperada de sal. Pele-as e corte em rodelas.
Corte o bacalhau em cubos, retire a pele e espinhas, (reserve para a açorda), tempere com sumo de limão.
Passe o bacalhau por farinha, ovo batido, e pão ralado.
Forre um recipiente de ir ao forno e à mesa com as rodelas de batata e sobreponha o bacalhau panado. Regue com o azeite, o restante sumo de limão e o vinho branco.
Leve ao forno a 200ºC durante + ou - 30 minutos, regando de vez em quando com o próprio molho.
Coza os ovos até estarem firmes (9 minutos), descasque, corte em rodelas.
Retire o bacalhau do forno e decore com os ovos e salsa picada.




Obrigada Marizé!


GLOSSÁRIO:

para


coza: cozinhe ; verter: despejar; tapar: tampar; pão caseiro: pão tipo italiano de casca grossa; limão: limão siciliano (amarelo); dl: decilitro -1dl = 100ml; pão ralado: farinha de rosca; Pele-as: descasque-as; panado: empanado; sumo: suco


domingo, 10 de agosto de 2008

MINGAU DE TAPIOCA E BANANA


Domingo à noite, friozinho batendo lá fora, o que pode ser mais Comfort Food do que mingau? A textura macia e cremosa, o sabor doce e quentinho...

Em homenagem à Rainha da quinzena do Colher de Tacho, preparei um Mingau de Tapioca com Banana que além de ser delicioso me lembra os bons tempos que passei quando morei em Belém do Pará.



MINGAU DE TAPIOCA E BANANA

- 1 xícara de farinha de tapioca flocada
- 1 1/2 xícara de leite
- 3 bananas pequenas
- açúcar e canela à gosto

Coloque o leite e a tapioca em uma panelinha e leve ao fogo, mexendo sempre, até engrossar. Acrescente as bananas amassadas e o açúcar a gosto e mexa mais um pouco. Apague o fogo, passe para uma tigelinha.

Polvilhe canela e sirva quentinho.

Buen Provecho!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

RISOTO DE ABÓBORA E CARNE SECA

A irmã que mora no Rio sempre acompanha as receitas aqui postadas mas nunca as experimenta... (ô dó!).

Por isso, por ocasião de sua estada em terras paulicéias, ofereci-lhe um jantar nordestino com tudo que ela gosta, e com direito à sobremesa de infância:

entrada: mini cuscuz de milho com manteiga de coco e pochê de ovos codorna
prato principal: risoto de abóbora com carne seca
sobremesa: charlote

A irmã veio e trouxe consigo a mamãe (é claro!) e uma amiga muito querida, que sei ser habitué do blog (apesar de nunca deixar uma mensagem, né Angel?!). A outra menina estava dodói e não participou da comilança (dessa vez). O marido sempre prova e aprova!

Fartaram-se!

Em outros posts detalharei os demais pratos, por ora falemos do risoto.





RISOTO DE ABÓBORA E CARNE SECA

- 1/2 abóbora japonesa (Kabotiá)
- 750g de carne seca limpa desfiada
- 3 xícaras de arroz carnaroli (ou arbóreo)
- 1/2 maço de coentro
- 2 cebolas
- 5 dentes de alho
- 2 caldos de legumes
- pimenta-do-reino e cominho a gosto
- azeite
- 1/4 xícara de manteiga de garrafa

Primeiro dessalgue a carne seca aferventando-a e trocando a água algumas vezes até chegar no ponto de sal. Escorra a água, desfie e reserve.
Corte a abóbora em cubos e cozinhe somente em água até que fique macia. Escorra a água, amasse grosseiramente e reserve.
Pique 1 cebola e uns 2 dentes de alho e refogue em azeite. Adicione a carne desfiada, o coentro, a pimenta do reino e o cominho picado e mexa bem. Acrescente a abóbora e misture. Apague o fogo e reserve.
Ferva 7 xícaras de água e dissolva nela o caldo de legumes. (Cuidado com a quantidade de sal nesse caldo arroz pois a carne já é salgada).
Em uma panela a parte refogue uma cebola e uns 3 dentes de alho no azeite, acrescente o arroz e refogue mais um pouco. Adicione 1/2 xícara do caldo de legumes e vá mexendo, quando começar a secar adicione outra 1/2 xícara do caldo, continue mexendo e repetindo esse processo até que o arroz esteja cozido. O ponto ideal é al dente, ou seja, nem mole demais, nem duro que você sinta como se tivesse areia ao morder.
Quando o arroz tiver pronto desligue o fogo, acrescente a mistura de abóbora e carne e a manteiga de garrafa, mexa bem para incorporar tudo. A arroz irá ficar com uma cor dourada linda!

Sirva imediatamente.

Simples, fácil, rápido, barato e delicioso. Precisa mais?!

Buen Provecho!
Blog Widget by LinkWithin